quinta-feira, novembro 27, 2008

Blog novo na área!

Já está no ar o Blog Robô Gigante, um blog voltado para assuntos relacionados a Tokusatsu, idealizado pelo meu amigo Ricardo Cruz, em co-autoria com o Alexandre Nagado. Também conta com a colaboração do Rodrigo Guerrino, velho amigo dos tempos do Neo Animation. Enfim, um trio de primeira linha, eles são feras no assunto! Mal surgiu e os comentários já estão bombando, cheio de discussões interessantes. Se você procura um papo de alto nível, então já tem endereço certo. Bom, já puxei muito o saco...HeHeHe!

terça-feira, novembro 25, 2008

Dai Kessen! Chô Ultra 8 Kyôdai: Mais alguns scans de revistas!

Apenas ressuscitando o assunto, aqui estão mais alguns scans de revistas:
Newtype The Live No.039





Uchusen Vol.122



Figure-Oh No.128


Hyper Hobby Vol.122/123 e Dengeki Hobby December 2008

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segunda-feira, novembro 24, 2008

REI AYANAMI x 3 ? ? ?

Se uma Rei Ayanami já é boa, imaginem três delas juntas! Isso é o que acontece na história Shinseiki Evangelion – A N I M A –, que vem sendo publicada na revista Dengeki HOBBY, da editora Ascii Media Works. Em – A N I M A – é apresentado um futuro alternativo, três anos após o final da série de TV (episódios 25 e 26). A história apresenta três clones da Rei Ayanami original, criadas pela organização NERV, para pilotarem o novo modelo Evangelion, o 0•0 EVA. Na imagem da esquerda, a de cabelo cinza é a Rei Quatre e a de cabelo curto (azul) é a Rei Cinq. Na imagem da direita, temos a Rei Six, desenvolvida 10 anos depois das outras duas. Bom, acho que você já devem ter percebido algo nos nomes, né? Cada uma dos clones é identificado por números em francês. A pergunta que fica, cadê os outros três clones? Já imaginaram sete Rei Ayanami, contando com a orginal? Mas pelo que eu entendi, elas não tem vontade própria, e estão interligadas espiritualmente com a Rei Ayanami original. Bom, achei interessante as duas imagens e por isso resolvi postar. Não tenho a intenção de acompanhar essa história.

domingo, novembro 23, 2008

MICKEY MOUSE+TRANSFORMERS=???

Já imaginaram o que saíria do cruzamento do Mickey Mouse com um Transformer? Algo inimaginável, fora do senso comum? Bom, este “desejo” foi realizado e pode ser conferido nas imagens abaixo, publicadas nas revistas Figure-Oh (No.129) e Hyper Hobby (Vol.123). Trata-se do futuro lançamento da Takara-Tomy, o TRANSFORMERS DISNEYLABEL MICKEY MOUSE TRAILER, uma colaboração “Transformers x Disney”, em comemoração aos 25 anos da franquia Transformers, iniciada em 1984. O slogan de aniversário será “Sekai o Tsunagu, Sekai ga Kawaru” (Conectando o Mundo, Mudando o Mundo), cuja a palavra-chave será “Tsunagari” (União), seja a união para com os fãs, seja pela união (colaboração) entre diversas empresas. Nada mais adequado do que esta palavra, já os Transformers nasceram da parceria entre as fabricantes de brinquedo, Takara (atual Takara-Tomy) e Hasbro. E agora, mais essa parceria, Transformers e Disney, depois do sucesso dos Transformers x Star Wars.

Este Mickey Transformer, que teve o visual inspirado no famoso robô Convoy (Optimus Prime, na versão americana), será lançado em fevereiro de 2009, ao preço de ¥3990. A dúvida é quanto a coloração, que deve figurar na próxima edição de ambas as revistas. Será que vai ser vermelho e azul marinho (Convoy) ou preto e vermelho (Mickey)? Destaque para a miniatura do Mickey, ao volante. Quando transformado em robô, o pequeno Mickey se desloca para a cabeça. Agora, qual o nome que poderíamos dar pra essa criatura: Mickey Convoy ou Mickey Prime (na versão americana)? Bom, mas esse é só um dos grandes lançamentos para comemorar o aniversário. Além dele, a Takara-Tomy vai lançar uma nova marca, chamada TRANSFORMERS ALTERNITY, feita em parceria com a fabricante de automóveis Nissan. Teremos também a volta da coleção Master Piece (MP-8 Grimlock) e mais robôs da coleção Henkei! Henkei! Transformers. Realmente, 2009 vai ser o ano dos Transformers!

Girls in UNIFORM~Dark Heroines~, mais imagens!!!

Meio atrasado mas…
Aqui estão mais duas páginas da coleção GIU~Dark Heroines~, publicadas na revista Hyper Hobby Vol.123, lançada dia 1 de novembro. Finalmente algumas fotos de outros ângulos (de lado e de costas), juntamente com as “Dark Heroines” das outras 5 coleções. Agora já são 12 vilãs no total, e deve vir mais pela frente. Esta coleção será lançada no final de janeiro, ao preço de ¥630 (cada caixinha), no total de 6 modelos+1 figura secreta. No texto da página 31, uma pequena trajetória das “badgirls” ao longo das séries Super Sentai, começando pela Devil Amazon, de Jacker Dengekitai, a primeira “kaijin” mulher com disfarce humano. Mas ao contrário do que diz no texto, existiram sim kaijin femininas em Goranger, mas sem disfarce humano. Depois, em Battle Fever J, surgia a primeira líder, a Salome, da organização Egos. Já em Denshi Sentai Denziman, tivemos a primeira “boss”, a Rainha Hedorian, do clã Vader Ichizoku, além de suas duas assistentes, Mirror e Keller. Daí pra frente, isso se tornou padrão e sempre teve no mínimo duas vilãs por série, com raras exceções. E em muitos casos, sempre com aqueles episódios clássicos, em que rola uma rivalidade com as integrantes femininas do Sentai. E uma grande mudança significativa foi a entrada do produtor Takeyuki Suzuki, a partir de Kagaku Sentai Dynaman, enfatizando mais o lado dramático das histórias, mesmo entre as vilãs. E pra terminar, uma silhueta da figura que fará parte do Vol.6. Quem vocês acham que é? Pela forma, o meu palpite é a Kaori Rokumeikan (White Swan), de Chôjin Sentai Jetman.

Considerações gerais sobre as últimas entrevistas!

Bom, primeiramente, gostaria de agradecer a todos que deixaram comentários nas respectivas entrevistas, Nagado, Robinson, Blogima, Sami Souza, Felipe e Tinoco. Isso demonstra que estou no caminho certo, e sempre que possível, vou postar alguma entrevista. Realmente, o processo de tradução e adaptação (japonês/português) é extremamente complicado, mais do que muitos imaginam, mas é claro que isso varia de tradutor para tradutor, visto que eu tenho um nível razoável de japonês. Dependendo das dificuldades na tradução, as vezes dá vontade até de largar no meio, mas se eu comecei, tenho que terninar, né? Só pra se ter uma idéia, na última entrevista, do Shohei Kusaka, eu levei três dias, começando na quarta e terminando na sexta, cerca de 5 horas por dia. Entendê-la em japonês é questão de minutos, mas recriar uma versão em português leva tempo. O problema é adaptar, respeitando a ordem do texto original, já que se trata da opinião de uma outra pessoa. Então, acabo escrevendo e apagando a mesma frase por diversas vezes, até chegar no ideal.

As Dificuldades...
Bom, vou citar algumas das dificuldades que sempre aparecem quando se tenta traduzir algo literalmente. Uma delas são os sufixos de tratamento para nomes de pessoas, como “san”, “kun”, “chan”, que normalmente acabo retirando na tradução, mas em alguns casos eu acabo deixando, quando é uma citação de alguém, como o Jirô Okamoto chamando o Tetsuo Kurata de “Kura-chan”. Um outro exemplo é o termo “senpai” (veterano), o qual eu acabo mantendo no original, como em Yoko Senpai (Jiban). Outra coisa é que sempre o entrevistador se refere ao entrevistado pelo sobrenome, como forma de respeito no Japão. Aí eu tenho que colocar como “você”, o que não é polido na língua japonesa. Na língua japonesa, a quebra de sentenças também é diferente do português. As vezes tenho que separar uma frase em duas ou o contrário, unificar duas sentenças em uma. Normalmente, o entrevistador não faz uma pergunta, e sim uma afirmação, e eu tenho que manter isso. Uma coisa chata na língua japonesa é que as pessoas sempre utilizam a primeira pessoa, para poderem reproduzir falas de terceiros. Pelo menos metade delas eu tenho que colocar em terceira pessoa, caso contrário a sentença fica estranha. Uma outra coisa que irrita, é que em muitas frases eles terminam com a expressão “...to omoimasu” (acho que...), parece até que eles nunca tem certeza de nada...HeHeHe! Aí eu tenho que inverter toda a ordem da sentença, começando pelo fim. Mas o pior mesmo é quando eu me deparo com trocadilhos e piadas em japonês, aí não dá pra fazer milagre! Aí eu tenho que ficar recheando a entrevista de notas pessoais, entre parênteses. O mesmo vale para as citações de lugares. Mais algumas considerações: 1-O termo “audition” (audição), aquela seleção de atores, eu prefiro deixar em inglês. 2-O termo “staff” também. 3-Um outro termo que sempre aparece, “daihon” (livro de falas), eu prefiro deixar em inglês “script”. 4-O termo “genba” (local), eu sempre traduzo como “local de filmagem”, que tanto pode ser externa como interna. 5-O termo “cours”, do francês “curso”, representa as temporadas de exibição no Japão, equivalente às quatro estações do ano. Um cours equivale a 13 semanas (13 episódios).

É isso! Bom, já vou procurar mais alguma entrevista para traduzir, mas aceito sugestões!

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sexta-feira, novembro 21, 2008

Longa entrevista com o ex-ator Shohei Kusaka!

Longa entrevista com o ex-ator Shohei Kusaka, conhecido pelos papéis de Kaminin Oruha (Sekai Ninja Sen Jiraiya) e Naoto Tamura/Jiban (Kidô Keiji Jiban), publicada na edição mais recente da revista Toei hero Max (Vol.27), lançada dia 1 de novembro.


THM: Primeiro, nos conte o que te levou a escolher o caminho de ator.
Kusaka: Quando eu estava no 3º ano ginasial, fui convidado por um colega de classe a entrar para um grupo teatral infantil chamado “Tokyo Hoei”. Minha irmã mais velha tinha uma grande admiração pelo mundo artístico, mas no meu caso não era tanto assim. Inicialmente eu tinha entrado no grupo teatral apenas por curiosidade, mas depois de 2 ou 3 anos fazendo trabalhos em comerciais e outras coisas, sentia que o mundo da interpretação ia ficando cada vez mais interessante.
THM: Nesta época você participou como convidado no 5º episódio de Uchû Keiji Sharivan, no papel de Tokio.
Kusaka: Em Sharivan, eu tinha 17 anos. Eu me lembro que a locação utilizada foi o bairro chinês de Yokohama (Yokohama Chûka Gai). Estava correndo de moto, levando na garupa uma atriz (Rieko Yoshikawa, intérprete da Yoko), numa certa mina, na cidade de Yorii. Pensando agora, fiz algo estremamente perigoso.
THM: Mais ou menos em que época você mudou seu nome verdadeiro (Hiroshi Tokoro) para o nome artístico de Shohei Kusaka?
Kusaka: Foi quando eu mudei de filiação para a “Tamura Pro”. Terminando o colegial, quando eu estava em dúvida de qual carreira seguir, recebi um convite do presidente Tamura (Kyôichi). Então foi a partir daí que eu resolvi tentar oficialmente o caminho da interpretação. O nome artístico foi dado pelo presidente. No Templo Hiei, conhecido como o Deus das Artes, várias opções de nomes foram apresentadas, e o escolhido acabou sendo Shohei Kusaka.
THM: Nos conte algo de quando você interpretou o Kaminin Oruha, em Jiraiya.
Kusaka: Este é um personagem que me deixou surpreso, no local de gravação. No script, estava escrito que era um ninja que controlava o origami, mas eu não pensava que tinha que usar máscara. Só a parte dos meus olhos é que apareceia na tela. Jamais pensei que fosse tão complicado fazer ação, já que com aquela vestimenta e a máscara, a interpretação ficava muito comprometida. Mesmo sendo cortado pelas costas, não dava pra perceber de imediato se fui cortado ou não. O diretor Mitsumura (Kaneharu) do episódio 12 me orientava rigorosamente, aos gritos de “Mova-se! Mova-se!”. Mas eu gosto do personagem Oruha, acho que uma “katana” de ninja combina comigo mesmo. Eu também acabei ficando bem amigo do Tsutsui (Takumi), o Jiraiya, a gente combinava a interpretação antes de entrar nas gravações, era divertido. O Tsutsui é uma pessoa bem séria, acho que totalmente o inverso de mim (Risos). Ele se esforçou bastante, concentrando-se durante um ano em Jiraiya, chegando até a mudar de residência para próximo do estúdio de Oizumi. Hoje, me deixa muito feliz vê-lo atuando em filmes e comerciais.
THM: Em Jiraiya, você apareceu por três vezes como Oruha, nos episódios 12, 26 e 45, e em Jiban, você finalmente alcançou o papel principal.
Kusaka: Eu mesmo só fiquei sabendo (que faria o Jiban) de última hora, mas já no final de Jiraiya, parece que o pessoal do staff já sabia de algo. Após aparecer no filme “My Phoenix”, estrelado pelo Kai Shishido, houve a sessão de fotos de Jiban, mais ou menos na época quando o meu cabelo estava mais comprido, depois de tê-lo cortado curto para o papel do filme. Na sessão de fotos, a medida que eu ia escolhendo as poses, segurando uma pistola e a caderneta eletrônica (denshi techô) do Jiban, lentamente veio a sensação real do tipo, “Ah, eu vou me tornar um herói” (Risos).
THM: Ao interpretar o chamado “Henshin Hero”, você recebeu algum tipo de atenção especial?
Kusaka: Não que alguém tenha me dito isso, mas um herói tem que ter como raízes odiar o mal, vencer o mal e proteger os fracos, poder dizer claramente que o bom é o bom e o mal é o mal, tinha que interpretar um herói assim, e foi com esse sentimento que eu entrei nas filmagens. Além disso, como eu só tive a experiência de atuar em dramas com até 2 cours (meio ano), seria necessário uma boa auto-gestão para uma filmagem de um ano.
THM: Você também faz a voz do Jiban depois de transformado, mas teve algo de difícil na dublagem?
Kusaka: O que foi me dito pelo orientador, na minha primeira vez em dublagem, era que por mais que eu mesmo achasse que estivesse soltando a voz com força, ela poderia não sair como eu pensava, quando fosse ao ar. No início eu não compreendia bem, mas vendo ao ar, ah, certamente era verdade. Se eu não soltasse a voz com mais força, a sensação de força do Jiban acabaria não saindo, então tive que dar um jeito. Nas cenas que eu lutava como Jiban, tinha que diferenciar as vozes de quando eu estivesse atacando (Huh!, Uh!), das vozes de quando eu estivesse apanhando (Uuhh!).
THM: Jiban havia sido estabelecido como um “Keishisei” (Senior Superintendent=Uma das patentes da polícia japonesa), e como tal, tinha várias falas imponentes.
Kusaka: Eu gostava das cenas em eu me aproximava do inimigo dizendo as “Cláusulas Anti-Biolon”, pois se parecia com o “Momotarô Zamurai” [Personagem clássico de dramas e filmes, que também falava umas “cláusulas” ao encarar os inimigos]. Eu sempre dizia a cláusula 1, a cláusula 2 e o complemento da cláusula 2, mas às vezes chegava até a cláusula 6, e sempre dizendo coisas diferentes. Aquilo era bem legal. Aquela cena é realmente uma benção ao ator, em outras palavras, foi muito agradável. Realmente, se o herói não for forte, não dá. Inexpugnável, que tranquiliza ao aparecer. Um Jiban assim é preciso colocar o “espírito” (tamashii) nas falas, para as pessoas sentirem a presença dele. Por isso, ao inserir as falas do Jiban nas cenas de ação, dentro da cabine de dublagem, acima de tudo tinha que ter entusiasmo. Eu adoro aquela cena em que o Jiban verte a Maximilian Sword, com o pôr-do-sol ao fundo.
THM: O que achou das pessoas que contracenaram com você?
Kusaka: Eram várias as cenas que eu contracenava com a (Mashita)
Konomi, e a gente combinava muito bem, era muito afeiçoado a ela, foi fácil de atuarmos junto. A Konomi tinha o papel de minha irmã mais nova. Na vida real eu tenho uma irmã mais velha, e por não ter uma irmã mais nova, não sabia de que jeito encarar isso, então fui interpretando em busca dessa resposta. Mas lembro que conseguimos interpretar de forma bem natural. Também já lanchamos junto perto do estúdio. Eu também me dava bem com os membros do Departamento de Polícia. A Enokida (Michiko), a Yoko Senpai, e o Konishi (Kunio), o Seishirô, continuavam sempre com o mesmo ânimo, desde o início das gravações, de manhã, até o término delas, ao tirar a maquiagem. Acho que conseguíamos uma interpretação em que até mesmo a respiração combinava. O Ishihama (Akira), intérprete do Yanagida, também era uma pessoa maravilhosa. Ele combina com óculos de sol. Era comum eu contracenar com o Ishihama na base do Jiban, mas sempre ao entrar neste set, eu sentia um nervosismo diferente das locações, eu ficava mais ligado.
THM: O Yanagida tinha uma certa importância, pois era um dos poucos que sabia a identidade do Jiban. Ele demonstrou uma sólida presença no episódio 11 (Shôjo to Senshi no Kokoro no Chikai), aquele em que é revelado o segredo do nascimento do Jiban.
Kusaka: Eu me lembro bem desse episódio 11. Tem aquela cena em que o Naoto perde a vida debaixo da chuva, lutando contra o Uninoid. Rodado de noite, foi uma filmagem complexa, que fez uso de “chuva artificial”. Estava muito, muito frio, e o fato de eu estar com o corpo tremendo, na cena em que seria morto, não era encenação não (Risos). Mesmo morto, a tremedeira não parava. O diretor ficava dizendo, “Para de tremer!”.
THM: Se você tiver histórias interessantes da época da filmagem, nos conte por favor.
Kusaka: Hum, eu já causei muitos transtornos ao pessoal do staff. São várias as histórias de falhas. Já causei problemas aparecendo de uma hora pra outra bronzeado, ou então com o cabelo diferente, depois de tê-lo cortado durante as filmagens (Risos). Mas o maior problema era mesmo acordar cedo. Não tinha jeito, de manhã dava sono mesmo. Várias vezes eu acabei dormindo demais e perdendo a hora... Sempre partíamos às 5 ou 6 horas da manhã. Nisso, teve apenas uma vez que eu causei um grande atraso. Com a partida marcada para às 6 da manhã, eu acabei acordando bem depois das 9 horas, e sem a minha presença na locação, não tem filmagem. Logo telefonei, e fui de carro o mais rápido possível até o Yoshimi Hyakketsu, em Saitama (As Cem Cavernas de Yoshimi, uma das locações situada na cidade de Yoshimi). Chegando lá, é óbvio que esbravejaram comigo, perguntando o que eu estava fazendo. A gravação começou logo, e por mera coincidência, era uma cena “em que eu reflito debaixo de uma cachoeira” (Risos). Realmente, não sabia como me desculpar. Causei um grande transtorno ao manager da época.
THM: Tem alguma lembrança das cenas de ação?
Kusaka: Como Naoto Tamura, eram várias as cenas em que eu saía voando ou era arremessado. Não que eu tenha feito um treinamento especial, mas vendo o pessoal do JAC (atual JAE) treinando com um mimi-trampolim, eu também pedi para me incluírem e treinava junto. Na forma de Naoto, eram várias as cenas em que eu apanhava dos Bionoid, quase sempre saía com dor, já que eu só tomava, era horrível (Risos). No episódio 32 (Pearl no Namida wa Konjiki no Umi ni), realizado na praia Miura, tinha uma cena em que o Naoto mergulha no mar. Eu jamais disse que não faria algo, já que eu tinha aceitado o desafio quando me disseram pra fazer de tudo. Eu mesmo é que dirigia o carro também. Conseguia parar o carro exatamente na posição indicada, sempre recebia o “OK” já na primeira tentativa (Risos).
THM: A Rie Takigawa, atriz convidada do episódio 32, no papel da Pérola, era a mesma que atuou com você no episódio 5 de Sharivan, que antes utilizava o nome de Rieko Yoshikawa.
Kusaka: Sim. Depois de tanto tempo desde a época de Sharivan, ela tornou-se uma linda mulher mesmo. Quando recebi o script do episódio 32, tinha sido avisado de que a Yoshikawa ia aparecer. Enquanto eu imaginava em poder encontrá-la novamente, fiquei preocupado com a possibilidade dela ter se esquecido de mim, mas felizmente ela conseguiu se lembrar (Risos).
THM: Nos conte alguma história de episódios ou convidados, que você guarda em suas lembranças.
Kusaka: Tenho profundas lembranças do episódio em que a Enokida se veste como uma princesa de filmes de época (Episódio 36 Yumemiru Chanbara Kaibutsu!).Eu também, no episódio 30 (Bishônen Kotarô Ichiza no Kaibutsu), tinha colocado pela primeira vez uma peruca de filmes de época. Ainda me lembro bem dos convidados deste episódio, o Chiyonosuke Azuma e o Kotarô Ryû. Em Jiban, acho que em cada episódio apareciam vários atores convidados. Hoje, ao assistir filmes, acabo me recordando algo como “Ah, já havia me encontrado com esse ator antes em Jiban”. E mais, tinha um episódio com a participação do Takumi Hashimoto, que havia interpretado o próprio Manabu Yamaji, irmão mais novo do Tsutsui, em Jiraiya (Episódio 31 Manatsu no Yoru no Ninja Gassen). Em Jiraiya, eu é que era o intruso, o ator convidado, só que agora foi a vez dele ser o convidado. “Waa, você veio mesmo”, disse eu todo feliz. A voz dele tinha mudado, já que ele estava bem mais amadurecido. No ônibus que ia rumo à locação, ele reclamou que o “tempo de espera era muito longo”, aí eu respondi, “O que você tá dizendo, na época do Jiraiya, quanto tempo você acha que eles me deixaram esperando?”, lembro-me de uma conversa assim (Risos).
THM: Na época da exibição, houve interação direta com as crianças?
Kusaka: Acho que foi na época do verão, mas eu cheguei a participar de um evento de promoção de vendas na
Takashimaya (famosa rede de loja de departamento), de Yokohama. Nesta ocasião, vendo pela primeira vez os brinquedos como o Denshi Techô (Caderneta Eletrônica), fiquei admirado, “nossa, como isso vende”. No palco, eu cantei uma música de inserção, e depois, disse algo como “Se houver algum problema, me chamem através do Denshi Techô!”. Ao fazer isso, a criançada foi toda comprar o denshi techô, e todas abriram as embalagens ali mesmo e começaram a chamar pelo Jiban (Risos). Participei de vários eventos na região de Kantô, como no Seibuen (Parque) ou no Isetan (Shopping).
THM: Por falar em música de inserção, você cantou duas, a “Sakuretsu Passion” e a “Jiban no Himitsu”. Ambas são ótimas músicas, que mostram o lado forte do herói Naoto Tamura.
Kusaka: Isto foi algo muito repentino. Não houve ensaio, nem nada. De início, eles me passaram uma fita cassete com a melodia, a qual eu ficava escutando no carro, no caminho ao estúdio. Lembro-me que ambas as músicas tinham uma melodia um tanto complicada. Num certo dia, após terminar as filmagens, vieram me dizer que “só hoje eu teria uma brecha na agenda”, então fui ao estúdio realizar a gravação das músicas. Levei apenas cerca de 2 horas. Foi a minha primeira experiência em gravação, mas ficou só nisso, nunca mais tive outra oportunidade.
THM: O Jiban é um herói robô metálico, mas o Naoto, antes de se transformar, é muito amigável, é forte a impressão de um gentil irmão policial.
Kusaka: Mais ou menos no meio da série, fiquei muito preocupado com esse negócio de herói, herói. Comecei a pensar se o Naoto Tamura tinha mesmo essa imagem de herói, tipo um irmão mais velho que está sempre ao lado, bem íntimo. Durante as gravações em algumas locações, várias crianças vinham me pedir para dar autógrafo, e quando isso acontecia, sempre advertia, “tem que respeitar a ordem”. Fico pensando se o Naoto Tamura tinha mesmo essa imagem natural de herói.
THM: Nos momentos privados, as crianças vinham conversar com você?
Kusaka: Sim. Elas viviam dizendo, “É o Naoto! É o Naoto!”, ao me verem. Elas viviam me pedindo para me transformar, aí neste caso eu respondia, “Não, agora não posso me transformar, pois não dá pra saber se o Biolon está me vendo” (Risos). Acho que eu conseguia convencê-las. Todavia, por elas serem telespectaras assíduas, como recompensa, eu sempre dizia algo como “Se houver algum problema, eu virei para socorrer”. Ao dizer isso, da mesma forma que eu sentia admiração por Ultraseven ou Kamen Rider quando criança, tinha plena consciência de que “eu era visto pelas crianças, com o mesmo olhar que eu tinha pelos heróis daquela época”. Eu sempre tive a intenção de querer dar o sonho a um criança. Mesmo quando vinha um convidado para o papel de crinaça, se eu estivesse no lugar desta criança, com certeza ia querer guardar boas lembranças, e por isso eu conversava bastante. Em Jiraiya, como o Tsutsui agia desse jeito, eu acabei sendo influenciado. Isso porque o Tsutsui realmente tinha a natureza de um herói. Assim, eu tinha a consciência de que “antes ou depois, o Jiban=Naoto Tamura era eu mesmo”. Eu ficaria muito feliz se as crianças que cresceram assistindo Jiban dissessem que, falar em herói é falar de Jiban.
THM: Você atualmente está trabalhando como empresário de uma agência de talentos, mas em que época você abandonou a carreira de ator?
Kusaka: Dentro de mim, o ator Shohei Kusaka se encerrou em Jiban. Entrei no ramo da interpretação a partir da época ginasial, e desde então, sempre segui com a carreira de ator, mas quando eu estava com 24~25 anos, saí da “Tamura Pro”, pensando por mais uma vez em meu futuro. Dois anos depois, fui acolhido novamente pela Tamura Pro, mas desde essa época até hoje, sempre pelos bastidores, trabalhando como empresário. Recentemente, como próximo passo, eu me mudei para uma empresa chamada “Extention”, que cuida da carreira de esportistas e pessoas ligadas à cultura. Agora eu sou o encarregado do advogado internacional, Hideki Yashiro. Já teve casos de eu encontrar de repente, pessoas com as quais eu já tinha contracenado antes, ao visitar emissoras de TV, como empresário. Tem uma pessoa chamada Natsuhira Eno, ex-ator que atualmente trabalha como produtor chefe da TV Asahi, e que foi um dos convidados do episódio do “Encontro Coletivo” em Jiban (Episódio 29 Shûdan-Miai de Dai Donden). Ao dizer para o Eno que “nós já trabalhamos juntos anteriormente”, após pensar um pouco, ele conseguiu se lembrar, “Ah, Jiban!?” (Risos). Depois, teve o caso da Konomi, que recentemente eu a encontrei por acaso numa emissora de TV. Como tinha mais de 10 anos que eu não a via, fiquei pensando se ela ia me reconhecer ou não, e não é que ela logo me reconheceu. Jamais pensei em encontrá-la num lugar desses, a surpresa foi tanta, que até começou a escorrer uma lágrima... Fiquei muito feliz.
THM: Relembrando novamente a obra Jiban, conte-nos de forma resumida a sua impressão.
Kusaka: Jiban, para mim, é um herói que “eu gostaria que existisse de verdade”. Enquanto que eu mesmo interpretava, eu também era um dos telespectadores. Gosto do Jiban um tanto assim. Ele é um herói futurístico, com corpo feito em metal, mas dá pra sentir em algum lugar a “temperatura do corpo”, ou seja, é muito forte a impressão da existência “humana” dele. Gostaria que existisse nos dias de hoje um “herói forte e confiável” como o Jiban, que tranquiliza ao aparecer, que sempre vem para ajudar nos momentos difíceis.


Nota: Ah, finalmente terminei a tradução dessa entrevista, a mais longa que eu já fiz até hoje. Três dias trabalhando em cima dela, não é mole não. Espero que gostem, e qualquer dúvida, basta perguntar. É que infelizmente muita coisa acaba ficando meio distorcida, em relação ao texto original em japonês.

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terça-feira, novembro 18, 2008

Entrevista com o ator Tetsuo Kurata (2)

Entrevista com o ator Tetsuo Kurata, o Minami Kôtarô (Kamen Rider Black/RX), publicada na revista Figure-Oh No.128 (Edição de Outubro), em comemoração ao futuro lançamento do boneco RAH Minami Kôtarô (Medicom Toy).

“Shintai ga ugoku uchi ni 20 nengo no Minami Kôtarô o enjitemitaindesu.”
(Gostaria de interpretar um Kôtarô Minami, após 20 anos, se eu ainda conseguir mover o meu corpo)

FO: Vinte anos se passaram após o “Kamen Rider BLACK RX”, mas como sempre você continua esbelto!
Kurata: Bem, estou me esforçando com afinco para isso (Risos). Tento me manter bem jovem, para não estragar a imagem do Kôtarô Minami, para aqueles que me vêem em eventos.
FO: Vendo esta figura te faz recordar lembranças daquela época?
Kurata: (Espiando o rosto do boneco) Realmente, essas rugas entre as sobrancelhas é o básico (Risos). O que me deixou espantado foi a parte de trás do cabelo. A aparencia um tanto pontuda das orelhas realmente ficaram bem parecidas. Trabalho de profissional mesmo. “BLACK”&“RX” são como um tesouro pra mim, e sair uma figura desse nível me deixa muito feliz. Entregá-la nas mãos de várias pessoas é algo que não tem preço.
FO: Kurata-san realizou o “debut” como Kôtarô Minami aos 19 anos, né?
Kurata: Na época, com o ressurgimento dos Riders após o intervalo de 6 anos, participei de um gigantesco audition e fui o escolhido, mas os produtores diziam que se desse má audiência, a série seria cancelada, e a cada vez que esse tipo de conversa chegava aos meus ouvidos, isso era tudo o que eu queria evitar. Eles viviam me dizendo coisas como, “Como a sua interpretação é fraca, talvez a série acabe com 1 cours (13 episódios)”. Na dublagem também, diziam “Kurata, solte a voz um pouco mais do seu interior!”, até me fazendo correr uma ou duas vezes ao redor do estúdio. Dois anos passando por isso, e agora vejam o resultado, né? (Risos).
FO: Como consequência disso, você acabou interpretando o protagonista mais duradouro de todos os Riders.
Kurata: Desde a minha estréia, cheguei a interpretar inúmeros papéis ao longo desses 20 anos, mas na época, a imagem do “Kamen Rider Tetsuo Kurata” era mais forte. Não vou mentir pra vocês, mas como ator, teve uma fase que eu queria apagar logo essa imagem. Porém, ela é especial para mim. Não para o ator Tetsuo Kurata, mas para o herói Kôtarô Minami. Para os fãs de tokusatsu, “BLACK”&“RX” ainda é um herói que dá no que falar. Pra mim, é o meu ponto de origem, e até acho que estas obras abriram caminho para as séries Rider da era Heisei (Heisei Rider Series). ...Só que os Riders de agora são muito “doces”! (Risos). Não que nesses tempos possa de tudo, mas Rider fraco, com brinco e cabelo comprido é inadmissível! Realmente, herói tem que ser vistoso. Na minha época era bem mais severo. Me faziam entrar num brejo imundo, correr das explosões de bomba napalm, ficar com o cabelo todo desarrumado... (Risos).
FO: O seu Kôtarô Minami é um herói que ainda tem muita coisa a ser contada.
Kurata: O que eu vou falar pode ser um desejo irrealizável, mas gostaria de fazer uma história de um Kôtarô Minami após 20 anos, nem que fosse apenas 1 cours (13 episódios) no período da madrugada. Aí eu conversaria com a Atsuko Takahata (Marie Baron) e o Rikiya Koyama (Kasumi no Joe).
FO: Gostaria muito de ver isso!
Kurata: Se é algo realizável, vai depender da reação de todos os leitores. Isso porque o Kôtarô Minami havia dito “Mata Kaettekuru yo” (Ainda vou voltar). Por favor, escrevam algo como “O Kurata ainda consegue se mover. Sem problemas, ele está se exercitando bem” (Risos). Dias atrás o Jirô Okamoto (ator/suit-actor) me disse o seguinte, “Kura-chan, eu sempre estive envolvido com Riders, mas realmente BLACK, RX são obras formidáveis. O investimento financeiro também é extraordinário, e o conteúdo bem empolgante”. O Jirô-san também fez a sua estréia no “BLACK”, e ainda continua na ativa, certo? Então, se houvesse uma história 20 anos depois, ele disse que também gostaria de participar.
FO: São palavras fortalecedoras, essas. Desejo que esse projeto se realize em breve, e que possamos nos encontrar novamente com o Kôtarô Minami!

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domingo, novembro 16, 2008

Entrevista com o ator Tetsuo Kurata!

Entrevista com o ator Tetsuo Kurata, o Minami Kôtarô (Kamen Rider Black/RX), publicada na revista Hyper Hobby Vol.122 (Edição de Novembro), em comemoração ao futuro lançamento do boneco RAH Minami Kôtarô (Medicom Toy).

HH: Primeiro, nos fale sobre a impressão do boneco.
Kurata: Hum, maravilhoso! Estou impressionado que tenham conseguido captar bem as minhas características. Só que até aqui, sinto que ainda não é um belo homem (Risos). O rosto também está bem afiado (Risos). Os olhos também são parecidos. Eu tinha um olhar assim. Depois, as orelhas. Minhas orelhas chamam a atenção. Até nesse aspecto ficou parecido.
HH: A roupa também está caprichada até nos mínimos detalhes.
Kurata: Maravilhoso! Na época do RX, eu mesmo fui comprar a roupa.
HH: Você diz essa roupa branca?
Kurata: Essa mesma. Dentro de mim, existia essa imagem do branco. O preto realça a sujeira, e o protagonista acabaria ficando ofuscado.
HH: Qual a impressão que você teve ao receber o papel de Minami Kôtarô?
Kurata: Isso foi além do que eu poderia imaginar. Isso porque eu jamais pensava que seria aprovado. Quando reuniram os candidatos, no estúdio da Toei, para a última seleção, havia umas pessoas que eu sentia já ter visto na TV. Eu estava com 18 anos e tinha acabado de me formar no colegial. Vocês podem achar estranho, mas intuitivamente eu pensei, “vai ser eu”. Naturalmente eu não tinha autoconfiança tanto na interpretação como na ação. Só que aí eu pensei, quem sabe a partir de agora eu comece a frequentar aqui (Toei). Eu quase não senti nervosismo, acho que por ter mudado de atitude.
HH: Então, iniciada as filmagens, qual a cena que ficou marcada pra você?
Kurata: Foi no terreno da Indústria Metalurgica de Takasaki (Takasaki Kinzoku Kôgyô), uma locação bem famosa em tokusatsu. Eu odiava esse lugar. Havia muita poeira no ar, e mesmo usando máscara, você acabava inalando. Tive que fazer cenas de ação nesse lugar. Dentro do meu nariz devia estar tudo preto. Realmente foi dureza. Só de andar, já levantava poeira. As filmagens eram realmente muito severas, acho que eu emagreci uns 10 quilos, desde o início. Psicológicamente também foi difícil.
HH: Perder 10 quilos, realmente não é pouca coisa.
Kurata: Acho que eu não tinha nem 55 quilos. Mesmo ao tentar fazer a pose de transformação, não saía no ato, e as vezes o meu corpo acabava vertendo. Por estar leve, a minha pisada acabava não surtindo efeito.
HH: Acho que a pressão psicológica era muito grande, não?
Kurata: Com uma série Rider ressurgindo após 6 anos, tinha o pensamento em fazer bem feito, afinal de contas fui o escolhido dentre muitas pessoas, e a produção até dizia pra mim, que se a série ia acabar com “1 cours” (13 episódios) ou “2 cours” (26 episódios), dependia apenas de mim. Só que isso acabava surtindo efeito contrário dentro de mim, me dando mais força. No começo, eu fiquei atordoado com a mudança brusca do cotidiano e nem conseguia dormir de noite. E como eu também cantava o tema, frequentava aulas de canto durante os intervalos das gravações. Mas já que eu comecei, se não cumprisse o período previsto de 1 ano, seria muito vergonhoso pra mim. O jeito era me esforçar, incitando a mim mesmo. Acho que o Kôtarô sempre gritava algo como “Yurusaan!” (Não perdôo!), mas aquilo era o “meu” grito (Risos). Como se eu estivesse dizendo algo como “não me menospreze!”. Afinal de contas, eu era um rapaz novinho de 18 anos, que estava começando a fazer ação em filmagens. “Não me menospreze, viu? Com certeza eu vou fazer desta obra um sucesso!”, era uma das coisas que eu bradava dentro de mim.
HH: Iniciada a exibição, qual foi a reação dos fãs?
Kurata: Quando havia se passado meio ano após a estréia de BLACK, eu participei do quadro “Ii Otoko Corner”, do programa “Waratteiitomo!”. A partir daí a audiência subiu e eu acabei me transformando em ídolo. Não podia mais sair na rua.
HH: Na vida privada, você não costumava sair muito, certo?
Kurata: Bem, na época realmente era corrido, quase não tinha folga, e como o transporte de todos até o local de gravação era feito de ônibus, mesmo que a minha participação acabasse logo, eu não tinha como ir embora se as outras filmagens não acabassem (Risos). Por isso, as vezes eu acabava dormindo no ônibus mesmo. Ao voltar pra casa, após encerrada todas as gravações, já era 1 hora da madrugada. E como tínhamos que nos reunir no estúdio, às 6 da manhã do dia seguinte, mesmo voltando pra casa eu só conseguia dormir 3 horas. Sendo assim, eu me hospedei no estúdio mesmo. Foram dois anos levando essa vida. Dependendo da locação, dava pra perceber a popularidade do BLACK. Entre os episódios 1 e 2, a locação foi num lugar bem movimentado como a avenida Omotesandô. Era uma filmagem feita à distância, que mostrava eu e a Kyôko (Akemi Inoue) andando pelo bairro de Harajuku, mas de uma hora pra outra, acabamos ficando rodeados de pessoas e a gravação teve que ser interrompida. Ou então, só filmagens no interior das montanhas (Risos). Numa filmagem real, uma vez chegaram pra mim e disseram, “vai, entra nesse brejo”. Pô, um lugar evidentemente fedorento, em que dá até pra ver as larvas boiando (Risos). Aí eu disse, “tá brincando, tá brincando né?” (Risos). Tá certo que no script é uma cena em que o Kôtarô está todo maltrapilho, mas porque tem que ser exatamante num brejo? (Risos). Aí quando eu disse, “Por favor, façam a cena em outro lugar”, eles me responderam o seguinte, “Mas pra quem está assistindo não é interessante. Fica legal sair daí (brejo)”. Paciência, tive que fazer. Claro que eu fiz cara feia, mas “se é assim que é bom, que seja”. Mesmo nas cenas de explosão, a nuvem de areia é espantosa, já que se coloca cimento dentro dos explosivos. Era só correr em linha reta, mas eu mal conseguia enxergar adiante. Como era filmado de longe, nem precisava ter sido eu, que não ia ter problema (Risos). O cabelo poderia acabar se queimando. Quando é no verão, sempre despejo água na cabeça. Se não fizer isso, meu cabelo fica todo espetado. Eu mesmo tinha que fazer as cenas de ação. Vendo o script, tinha cenas que eu achava que entraria o dublê, mas na hora da gravação dessas cenas, eu via o meu dublê, Jirô Okamoto, relaxando na boa, sem tirar o agasalho. Pô, então eu é que tenho que fazer? (Risos). E ao perguntar, “O Jirô não vai fazer?”, eles me respondiam, “Não, isso o Kurata consegue!” (Risos).
HH: Atualmente, além do ofício de ator, você está administrando uma “Steak House”?
Kurata: Sim. Chama-se “Billy The Kid”, mas isso porque eu era conhecido do dono (shachô), pois vivia frequentando o local desde os tempos do colégio. Como ficava aberto até às 3 horas da madrugada, ia sempre após terminar as gravações do BLACK. Quero que muitas pessoas apreciem uma saborosa carne, e por um preço baixo, e a partir de fevereiro eu estarei na filial de Tôyôchô. Se tiver tempo, eu vou aparecer no estabelecimento e servir pessoalmente a carne aos fregueses. Ultimamente, a propaganda de boca-a-boca tem se espalhado, e nos feriados tem aparecido muita gente.
HH: Por fim, deixe uma mensagem aos fãs.
Kurata: RX terminou, 20 anos se passaram, e o Kôtarô Minami ressurge nesta nova forma (referindo-se ao boneco). Gostaria que muitas pessoas comprassem, pois afinal de contas, se parece muito comigo. Estes olhos são os mesmos olhos calorosos que eu tinha na época. Acho que todos vão querer, né? Porque eu quero!

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sábado, novembro 15, 2008

Minhas compras em Akihabara!!! (25/10)

Apenas voltando no tempo, trago-lhes o resultado das minhas compras na última vez que estive em Akihabara, no dia 25 de outubro. Nesta data eu havia combinado de passear por Akihabara com meu amigo Leandro, que atualmente está morando na mesma província, Gunma. A última vez que havíamos estado juntos foi no evento Tokyo International Anime Fair, no dia 30 de março. Nos encontramos cedo, por volta das 10h30, levando em conta que muitas lojas só abriam a partir das 11hs. Primeiro eu passei na loja Animate e levei as seguintes publicações: Dengeki PlayStation Vol.432 (¥590), Figure-Oh No.129 (¥789) e Macross Chronicle No.07 (¥689).

Minutos depois, na loja Sofmap, levei os DVDs Keroro Gunso 4th Season Vol.12 (¥3589) e o Macross Frontier 3 (¥5670).

Só que eu não resisti e acabei levando mais uma coisinha, o novo CD Single da Yui Horie, Vanilla Salt, tema de encerramento do anime Tora-Dora!. Lançado no dia 22 de outubro, optei pela versão que vem com um DVD (¥1890), com o clipe da música. Sou muito fã da Yui Horie, inclusive ela é a minha dubladora preferida. E adoro as músicas dela, apesar de ter apenas o primeiro álbum dela (um dia eu fecho a coleção). Na compra, eu ganhei um post-card de brinde, que pode ser conferido aqui. Ela é linda demais! Curiosamente, o Leandro também levou o CD, mas só eu é que ganhei o post-card. Bom, como era dia do “W Point Day”, estava muito corrido e vai ver o atendente do caixa se esqueceu do brinde (ou vai ver eu fui o último sortudo...HeHeHe).

Terminando as compras, na loja de computadores da Sofmap, comprei uma web camera da Microsoft. Sim, isso mesmo, resolvi aderir ao tal “Messenger”, mas fiz isso em substituição ao uso do telefone, ou seja, quem quiser falar comigo vai ter que ter câmera e microfone. Comprei o modelo mais barato, por ¥2310, desses que não precisam de driver de instalação e já vem com microfone. Até que a qualidade de resolução é excelente. Por enquanto, tenho apenas o Leandro como contato (com câmera) – falar durante horas sem pagar nada é bom demais!

Como tínhamos tempo livre, ficamos perâmbulando de loja em loja, mas o melhor ainda estava por vir. Estávamos andando pela avenida principal e eis que a gente encontra dois camaradas conhecidos, o Daniel (aquele que eu conheci em fevereiro, amigo do Ricardo Cruz) e o Renato Siqueira, ex-colaborador da Herói e atualmente coordenador do do evento SANA, em Fortaleza. Pra falar a verdade, foram eles que nos encontraram...HeHeHe! Putz, muita coincidência mesmo, encontrar dois camaradas num lugar tão grande como Akihabara. Pô, o Daniel esteve nos dois dias na Tokyo Game Show, inclusive viu os mesmos shows que eu, mas nem imaginaria que estaríamos tão próximos. Sorte que agora tenho o número do telefone dele. Já o Renato está de turismo no Japão, mas no fundo a intenção dele é permanecer por mais tempo. Tenho uma amizade com ele de 12 anos, desde que havia entrado para o Neo Animation. Conversa vai, conversa vem, e eu não poderia de esquecer de tirar uma foto comemorativa. Sorte que eu estava com a câmera no dia.

Depois de Akihabara, eu e o Leandro ainda tivemos fôlego de dar uma passeada por Shinjuku, local que eu ainda não conhecia. Terminamos o dia no meu apto, assistindo muitos animes!

Entrevista com o ator Shigeki Kagemaru!

Entrevista com o ator Shigeki Kagemaru, o Kanou Hayato, de Tokusô Exceedraft, publicada na revista Dengeki HOBBY (edição de dezembro).

DH: Agora que as três obras “Tokkei Winspector”, “Tokkyû Shirei Solbrain” e “Tokusô Exceedraft” podem ser assistidas pela transmissão CS do Toei Channel (Pago) e do Toei Tokusatsu BB (Site de distribuição de vídeo pago), as três séries estão novamente valorizadas. Não apenas pela geração que pode assistir em tempo real, mas novos fãs estão surgindo!
Kagemaru: Falando nisso, dias atrás, num set de gravação, uma pessoa bem nova veio até mim e fez a seguinte pergunta: “Você é o Kagemaru-san, do Exceedraft, não?” Acho que talvez tenha havido essa tal influência. Apesar de ter se passado 16 anos da exibição original, alguém poder lembrar do Hayato... isso me deixa muito feliz. Graças a Deus!

DH: Tenho aqui uma foto da época, qual a sua impressão ao vê-la? (Mostrando a foto). E nos fale sobre a construção do personagem Hayato.
Kagemaru: É meio óbvio, mas como eu era jovem... (Risos). Como eu venho do palco do teatro pequeno (Shô-Gekijô), gosto mais de uma interpretação um tanto exagerada, daquelas que capturam a atenção das pessoas no ato, diferente de uma interpretação natural feito para TV.Aí, de vez em quando acho que eu aplicava isso no personagem Hayato. A primeira idéia que eu tive da imagem estabelecida para o Hayato, era de “um líder de equipe com comportamento sério”, mas como eu também gosto de interpretação cômica, ao ver de perto as cenas cômicas entre Kôsaku e Ken, pensei que não seria nada mal o Hayato também ter esse lado (Risos).

DH: Para realizar os salvamentos e prender os bandidos, os três, Hayato, Kôsaku e Ken vestiam (Jissô) trajes reforçados chamados de Try-Jacket (Battle Jacket, na segunda metade da série). Qual foi a impressão ao ver pela primeira vez a vestimenta do Draft Redder, vestida pelo Hayato?
Kagemaru: Achei bem legal, tem uma atmosfera tosca, num misto entre mechas realistas com armadura ocidental. Tive a oportunidade de vestir o traje para filmagem por diversas vezes, mas como cobria o corpo inteiro, lembro-me que era um sufoco, já que os movimentos acabavam ficando limitados. Em cada episódio, tinha a cena de tirar a máscara, após resolver o caso. Ficava segurando a máscara frente ao rosto, esperando pelo sinal, e ao som do “start!”, eu a movia para cima (como se estivesse tirando-a). Em cada episódio eu realizava essa ação. Quando eu gravei pela primeira vez, fiquei preocupado se dava mesmo a impressão de eu estar tirando a máscara, mas ao ver a imagem finalizada, fiquei espantado, pois realmente dava essa impressão. Hayato realizava o “jissô” dentro dos veículos especiais Scrumhead e Various 7, mas o Blues e o Keace eram do lado de fora. Na época eu pensei, “mas porquê do lado de fora!?” Mas vendo novamente, acho que essa idéia dava um tom de realismo a obra.

DH: No local de filmagem, você conversava muito com o Mamoru Kawai e o Iori Sakakibara, respectivamente os personagens Kôsaku Muraoka (Blues) e Ken Ookuma (Keace)?
Kagemaru: Como tínhamos idades próximas, nos dávamos muito bem. Nós três conversávamos sobre interpretação, o local era sempre muito divertido. Como gravavámos várias cenas dentro de um curto espaço de tempo, lembro-me que era algo muito complicado. Nunca tive a experiência de uma gravação tão frenética assim. Tinha hora que a gente nem sabia qual cena estava sendo filmada (Risos).

DH: Durante um ano, interpretar heróis de tokusatsu admirados pelas crianças não é uma experiência para qualquer um... Até o momento, inúmeras obras de heróis tokusatsu vem sendo produzidas, mas para as crianças da época que cresceram fascinadas pelo “herói da justiça” vendo Exceedraft, acho que o Hayato Kanou, interpretado pelo Kagemaru-san, é um dos heróis que continua no coração das pessoas, mesmo depois de adultas.
Kagemaru: Mesmo hoje, acho que ainda tenho essa responsabilidade. Tenho participado também de obras da Tsuburaya Pro, e acho que não é pouca a influência que exerço sobre as crianças que assistem essas obras... De certa forma, eu sempre atuava pensando nisso, desde a época do “Tokusô Exceedraft”. Acho que este é o resultado de ter interpretado o Hayato durante um ano. Esse tipo de pensamento nasceu justamente pelo contato que eu tive com esta obra, Tokusô Exceedraft. Acho que foi uma honra ter podido interpretar o Hayato, recebendo um papel de herói da justiça.

DH: Pra terminar, deixe uma mensagem para os leitores da revista!
Kagemaru: Fiz tudo de forma meio cega, sem pensar adiante, mas hoje, acho que esse lado tornou-se o meu próprio legado. Assim, fico feliz de receber uma oportunidade de relembrar essa época. O “espírito caloroso” (atsui tamashii) do Hayato Kanou (Draft Redder) ainda existe dentro de mim. Á todos que apoiam atualmente, após assistirem em tempo real, e à todos os novos fãs, lembranças às séries Rescue Police da Toei, em especial ao “Tokusô Exceedraft”.

Kore kara mo Toei Rescue Police Series o, soshite [Tokusô Exceedraft] o yoroshiku onegaishimasu.

Tradução e adaptação por mim mesmo! (Quem mais poderia ser???) O que você acabou de ler aqui pode não ser igual ao texto original.

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quarta-feira, novembro 12, 2008

Hybrid Active Figure No.029 – Fate T. Harlaown (Em mãos)

No Sábado (dia 8), por volta das 10hs da manhã, recebi a boneca da Fate T. Harlaown, da coleção Hybrid Active Character Series (HAC), da fabricante Azone International. Já tinha comentado sobre ela neste post. Então, apreciem algumas fotos:


Acabei comprando mesmo no site AmiAmi, que estava com apenas 5% de desconto, por ¥15943 (+¥700 Frete). O preço original é de ¥16800. Talvez em Akihabara estivesse mais barato, mas não compensaria eu pagar a passagem de ida e volta (¥2780) só pra comprar essa boneca. Sem contar o risco de eu ir pra lá e sair de mãos vazias, caso não encontrasse a boneca. Sorte que haviam duas unidades no AmiAmi, minutos depois já não tinha mais nada. Falando na coleção HAC, no final deste mês está previsto pra sair a Otome Asakura, do D.C.II (Da Capo II). Em dezembro, tem a Reinforce II (Zwei), de Nanoha StrikerS.